Estive em uma médica no outro dia e, quando perguntada sobre "profissão", hesitei: "advo...? mãe...? do lar....?". Ela entendeu.
Saí de lá pensando: "qual é a minha profissão?".
Por muito tempo, fui preconceituosa com as mulheres que abandonavam tudo pra gerir a casa. Julguei, imatura, e me arrependo. Quando é opção própria, apóio.
Sou "dona da casa". Não "dona de casa". Sou responsável por tudo na gerência do lar, dos gastos aos cortes, do cuidado com os filhos à elaboração do Imposto de Renda do marido, dos consertos às quebrações, das consultas com médicos aos presentes. Conto com a ajuda semanal de uma diarista, que limpa e passa a roupa. O resto, mantenho.
Faço comida, lavo roupa, arrumo o furdunço das brincadeiras, varro diariamente a casa (às vezes mais de uma vez), cuido da prole. Meu dia é insano e a noite, muitas vezes, também. Eu simplesmente não páro.
Sou formada em Direito e pós-graduada, fui professora, sou advogada, mas seleciono muito bem os processos que valem a pena.
Por muito tempo, tive crises e problemas para pedir dinheiro ao marido para comprar o que eu quisesse. Não tenho mais: o dinheiro é nosso.
Por opção, engravidei da primeira filha e pedi demissão do escritório em que trabalhava e assumi o posto de mãe e "do lar". 24 X 7, sem férias e feriados, sem remuneração.
Não hesito mais.
PS. Vale ler: donasdecasaanonimas.com
Amiga, se eu pudesse tb largaria o emprego para cuidar do meu filho. Foi muito difícil deixa-lo na escolinha com apenas 5 meses. Te admiro pela paciência e perseverança. Bjo
ResponderExcluir